Depois de um ano parado, o eterno arqueiro do verdão oficializou sua parada com uma bela despedida. Uma semana magica, qual percebemos a falta que fazem os jogadores sinceros e espontâneos, que falam o que pensam, e não fogem da crise. Marcos talvez seja o maior exemplo disso. Um exemplo de caráter e humildade, o goleiro vai deixar saudades, não apenas pelo que fez dentro de campo.
Poucos jogadores conseguiram ser respeitados e admirados por seus arquirrivais. É até difícil encontrar algum corintiano, são paulino ou santista que não goste do ídolo palmeirense, algo raro. Ainda mais rara é sua fidelidade a um clube, em uma época de muito dinheiro e de andarilhos do futebol.
Sempre voltado de fortes concorrentes, Velloso, Sérgio e Cavalieri, nunca teve vida fácil para assumir o posto principal do gol palmeirense. Ainda mais com a convivência quase que frequente das lesões, em nenhuma temporada o “santo” passou totalmente são.
O mito começou a ser construído numa espetacular partida contra o poderoso maior rival da sua esquadra. Parou o ídolo adversário e levou o alviverde da capital paulista à conquista da Copa Libertadores. Apesar de ter falhado no mundial, continuou ídolo, sempre honrando as cores do seu clube, e da seleção, nas grandes atuações durante a Copa do Mundo de 2002.
Marcos esteve presente em 13 títulos pelo Palmeiras e três pela Seleção Brasileira. Caiu para a Série B, levou alguns frangos inesquecíveis, mas são fatos minúsculos perto da unanimidade em torno de seu nome. Marcos sem duvida é um ídolo brasileiro, de todas as torcidas e irá deixar saudades. Um mito, que nunca será esquecido.